segunda-feira, 30 de julho de 2012

Os vazios que amamos...

"É isto que amamos nos outros: o lugar vazio que eles abrem para que ali cresçam as nossas fantasias. Buscamos, no outro, não a sabedoria do conselho, mas o silêncio da escuta; não a solidez do músculo, mas o colo que acolhe.
Como seria bom se as outras pessoas fossem vazias como o céu, e não tão cheias de palavras, de ordens, de certezas. Só podemos amar as pessoas que se parecem com o céu, onde podemos fazer voar nossas fantasias como se fossem pipas."                         Rubem Alves

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Seguindo, levando, vivendo!

Olá galera! Desculpa eu estar sumindo...

Tenho escrito menos aqui, né? Não é por nada não. Nem ando deprimida, nem ando triste, nem ando nada. Na verdade, acho que cansei de estar passando por essa enfermidade. Estou querendo me desligar do assunto câncer... Não é que eu queira negar tudo que estou passando, mas tenho tido menos vontade de falar nisso..

Afff!!!!!! Sei lá como estou me sentindo!

Bem, na verdade sei como estou me sentindo: estou me sentindo querendo voltar à vida. Quero voltar a trabalhar, a poder fazer planos e poder concretizá-los. Mas parece que toda hora em que penso que tudo vai voltar ao normal, que minha vida vai voltar aos eixos, tomo outra rasteira e parece que recebo um sinal: "calma, ainda não é o momento"!

E aí entra novamente em ação a PACIÊNCIA. É preciso ter muita paciência, esperar, aguardar, acreditar que as coisas vão melhorar...e por falar nisso, com o fim das sessões de radioterapia óssea as dores já deram um tempo, mas ainda sinto as dores de alguns efeitos colaterais causados pela mesma, mas PACIÊNCIA, que logo tudo isso acaba...de alguma forma acaba né? rs....rs...rs...rs...


Desculpa eu ir escrevendo assim, meio sem pensar. Isso está funcionando mais como um desabafo. Eu estava toda serelepe fazendo planos, tentando retomar a minha vida, minha rotina, quando levei, novamente, uma baita rasteira. E agora, estou encarando tudo como um sinal. Não é para ser ainda. É hora de me cuidar. E que assim seja. Sem culpas, sem estresses.

Com isso, estou conseguindo aproveitar o que dá. Dá para ir até a rua? Ótimo. Não dá? Aprendo uma coisa nova em casa. Consigo passear? Beleza. Não dá? Leio um livro. E assim vou.

Câncer vai sempre ter feito parte da minha história (infelizmente). E se ainda não dá para voltar com a vida ao normal, paciência. Ela vai voltar na hora que tiver que voltar. Na verdade, voltar não mais. Porque estarei diferente. Mas isso é outra história.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Enchendo linguiça

Olá amados! Nossa ando cheia de tempo e vazia de ideias. Tenho tanto para escrever e ao mesmo tempo sem muita vontade de fazer isso. Sei lá, uma dificuldade de organizar o que realmente quero dizer. Cansada dessa rotina vazia de tarefas, afazeres, trabalho...cansada de não ter nada para fazer.

Confuso né? Pois é, ando assim, confusa. Ando fazendo mil planos e não executando nenhum.

Ainda bem que esses dias de confinamento estão acabando. Por mais otimista que uma pessoa seja, por mais apoio que receba, chega uma hora em que toda essa ociosidade cansa, vira um s@co mesmo (com o perdão da expressão).

Essa semana, com a graça de Deus, termino minhas sessões de radioterapia óssea e aí, posso novamente retomar a minha vida NORMAL (????). O tratamento que seguirá depois, não exigirá que eu fique todos os dias em Cascavel, e estar em casa todos os dias não tem preço.

E como ando por dentro de todas programações matinais da TV, quero terminar esse post com a dica do Jorge Fernando no programa da Fátima Bernardes: acordou? Agradeça! Fez xixi e não ardeu? Agradeça! Nunca tinha passado por isso, mas ultimamente, agradeço a tudo que está normal. Só de estar normal, já é excelente!

E ultimamente para mim, o normal tem sido viver um dia de cada vez.




quarta-feira, 4 de julho de 2012

"A vida é um conto de falhas"

Olá! Sei que devem estar pensando que esse post tem um título pessimista né? No entanto, eu diria que não, o título representa apenas a realidade. É claro que seria bem melhor se realmente a vida fosse um conto de fadas, não é mesmo? Mas, a vida é mesmo um conto de falhas, como bem escreveu Tati Bernardes.

Falhamos todas as vezes que deixamos de acreditar, sonhar, sempre  que pensamos ter controle sobre alguma coisa, falhamos quando deixamos de aproveitar o agora, sonhando que o amanhã será melhor, falhamos quando não aprendemos que a verdadeira felicidade, está nas coisas mais simples...

Por ser a vida tão efêmera, tão imprevisível é que decidi que a partir de agora eu vou olhar para todas as coisas com amor e eu vou nascer de novo. Vou amar o sol pois ele aquece os meus ossos; amar a chuva pois purifica o meu espírito. Vou amar a luz porque me mostra o caminho, e vou amar a escuridão pois ela me mostra as estrelas. 

Vou receber a felicidade, porque amplia o meu coração, e vou suportar a tristeza porque abre a minha alma.Vou agradecer os obstáculos, porque eles são meu desafio.

Vou amar você que me dá atenção e amar aquele que não tem compaixão, porque a vida é sim um conto de falhas, e essas falhas, pausas, tropeços...nos permitem o crescimento, o aprendizado, nos ajudam  a realmente SER...

Vou amar a vida, porque apesar de todas as falhas é muito bom seguir, tropeçar, levantar, aprender,  entender e VIVER...

E nesse momento, estou tentando entender a minha vida, a minha história, pedindo sabedoria para transformar esse conto de falhas em um conto de fadas, mandar embora tudo que é negativo, inclusive essa enfermidade tão cruel, que chegou sem aviso, invadiu a minha vida e que tem insistido em permanecer...

Mas eu sei que já sou vitoriosa, que tenho a força necessária para seguir, continuar sonhando, e  sei, que essa história, a minha história, terá o final igual aos dos contos de fadas...
E o meu desejo é que você seja feliz! Obrigada por visitar meu blog.